quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Exposição - Guerrilla Girls

De 30 de janeiro a 26 de abril o Matadero de Madrid recebe a exposição Guerrilla Girls 1985-2015.


















O Matadero é um dos meus espaços favoritos na cidade. Como o nome diz, o antigo abatedouro municipal virou centro cultural. É grande, tem muita oferta de atividades; cursos, cinemas, feiras, mercados e mais, muito mais. Muitas vezes está bem cheio. Está animado com barulho de gente se divertindo, interagindo com o espaço. Para mim, é um espaço que tem uma energia positiva contagiando. Sempre saio satisfeita e feliz de lá.

Meu lado feminista queria ir na exposição no dia da abertura que contou com a presença de duas das Guerrillas Girl (palestra disponível aqui). Não deu. Com um grupo de amigas aproveitamos a fria manhã do último sábado para conhecer essa intersecção entre arte e ativismo político, esse pedaço da história de arte feminista.




A exposição conta com diversos cartazes, artigos de jornais e revista e dois vídeos que comemoram os 30 anos de fundação e atuação do coletivo artístico feminista estadunidense.

Como um grupo de reivindicação, a intenção das GGs é deixar bem clara a desigualdade entre homens e mulheres no mundo da arte. E são sucedidas no intento: os espaços ocupados por mulheres ou pela produção feminina na arte é muito pequeno. Uma sequência de cartazes dirigida aos museus irlandeses me chamou a atenção. Com base nas estatísticas dos próprios institutos de arte do país, as GG mostram que menos de 10% das exposições são de autoria feminina contudo mais de 70% das estudantes são mulheres. Colocam a questão: “por que educar mulheres artistas si não vão oferecê-las nenhuma oportunidade profissional?”

Para as feministas, visualizar a pouca representação feminina no mundo das artes é um passo importante para a ocupação igualitária do mesmo. Para elas, feminismo é a palavra "f" para o futuro, fazendo referência ao uso da letra "f" como substituição a um conhecido palavrão em inglês dos USA. Resignificar é uma das propostas delas.

 


Antes de sair do Matadero, entramos na videoinstalação da artista cubana Glenda León (http://vimeo.com/118474137). “Cada respiro” foi uma boa surpresa, quero conhecer mais sobre o trabalho dela. E foi ótimo para passo de transição entre o mundo cru e bravo das GGs para uma agradável tarde de cañas – porque estamos em Madrid e é isso que fazemos depois de um programa cultural.



Onde: Nave 16 do
Matadero de Madrid - Centro de creación contemporánea
Plaza de Legazpi, 8, 28045 Madrid, Madrid. 
De:30 de janeiro a 26 de abril 
Horario: 3af a 6af de 16 a 21 horas.
Sábados, domingos feriados de 11 a 21 horas.
2af fechado.
Quanto: grátis.

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