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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Para Vermut ... Casa Camacho

Em um sábado de final de inverno fomos convidados para uma festa de comemoração de 65º. aniversário. Festa surpresa como manda o figurino. Uma boa festa em família. Paco e eu saímos de lá tão animados que queríamos tomar a “saideira”. Como estávamos por Malasaña pensamos no Casa Camacho, claro! 

A Casa Camacho é uma bodega clássica de Madrid, um “lugar de toda la vida”. 




Segundo o blog Mis tabernas favoritas, a casa existe desde 1929 e começou como armazém de “aguardiente” (bebidas alcoólica obtidas por destilação). Hoje, é uma parada obrigatória aos amantes de bons botecos, como eu. Todos os cantos são incríveis e o atendimento é algo particular. Os garçons são os mesmos desde sempre. Tem algumas fotos deles mais novos nas paredes. Eles são ultra rápidos no preparo dos vermutes e cañas e são algo mal-humorados. Eu diria que secos e estão concentrados nas multitarefas. Eles estão ali para servir ao cliente e não para serem agradáveis e solícitos. Enfim, ser simpático é algo pessoal e não característico da profissão. 
O pequeno detalhe do lugar, que faz toda a diferença, é atravessar o balcão para ir ao banheiro. 
De acordo com o Paco, num tom nostálgico, é um dos poucos originais de Malasaña, o bairro agora dos modernos e descolados (dos hipster, também). Para mim, a Casa Camacho é toda uma experiência.




A especialidade da casa é o “vermut de grifo”. O vermut, bebida a base de vinho e aromatizado com flores ou ervas, não tem nada a ver com os que já bebi no Brasil. Os vendidos nos bares de Madrid são considerados caseiros, naturais, artesanais, e cada bar diz o que seu é o autentico. Em Madrid há grandes apreciadores dessa bebida. É a bebida típica dos domingos antes do almoço. No nosso caso, foi para encerrar a noite em grande estilo e com muito teor alcoólico! 




E para os tem quem coragem … a Casa Camacho prepara os yayos: "vermut, ginebra (gim) y casera" (ar com gás levemente cítrica). Tão forte quanto delicioso, um perigo!




Onde: Casa Camacho
Calle de San Andrés 4
28004 Madrid
Horário: 12h00 as 02h00.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A dura arte de beber na Espanha


Como já disse por aqui em algum post, Paco e eu, para sair, somos de boteco. 
Ai, os botecos de Madrid!! Meu caso de amor! Amo todos! Dos pé-sujos até os de tipo hispter!

Quando não saímos somos de “ficar em casa”!! Recebemos e somos recebidos em casa. Vou contar, tem dia que é difícil, viu!! O ritual de beber poder ser longo e levar os iniciantes, como eu era, ao nocaute. 
No Brasil, quando vamos almoçar ou jantar na casa dos amigos, os que são de vinho bebem vinho, os de cerveja vão de cerveja e aos demais resta o que resta. Na Espanha é tudo diferentes, todos bebem tudo! 


O esperando é que te ofereçam uma cervejinha com aperitivo quando você chega. Bebericando a cerveja e beliscando queijinhos, batatas fritas e embutidos esperamos a refeição principal. Enquanto isso o anfitrião escolhe o vinho que vai acompanhar a comida. Nem sempre é o que você trouxe, pode ser que o Jorge, no caso, ache que não combine com o prato. Longa discussão sobre quem, onde e como se faz um bom vinho, enquanto eu já me afoguei nas batatinhas, minha debilidade. 


Comida pronta, todos à mesa e vem o vinho. Nas casas dos meus amigos a refeição vem servida no seu prato da cozinha e, normalmente. Costumam ser dois pratos bem servidos! Dá-lhe vinho! Vem a sobremesa que pode ser acompanhada com o vinho ou não. Café, chá ou um licor são oferecidos. 
Termina a comilança mas não a bebericagem! Se a ideia é ficar de papo para o ar com os amigos é hora das “copas”: coca-cola com run, gin tonica e outros mais. Se você for a minha turma, dos fermentados, pode pedir água mesmo!! 



Depois disso se conseguir é só começar de novo. 
É uma maratona, vá passo a passo!
Obs.: as três fotos são de um único almoço!

sexta-feira, 6 de março de 2015

Blues no Populart

Quem tem amigos tem tudo nessa vida e quem é de São Carlos tem amigos músicos. Muitos e dos bons! Logico que vibrei de alegria quando soube que Danilo, Netto e Mariel viriam a Espanha para uma rápida turnê. Eles formam o Netto Rockfeller trio. E junto com Quique Gomez tocaram no La Coquette, no Alabanda e no Populart onde tive o prazer de vê-los terça-feira a noite.

O Café Jaza Populart, pequeno e bem aconchegante, fica na calle de huertas perto da Plaza de Santa Ana, no charmoso Barrio de las Letras. Não cobra nada pela entrada mas exige pelo menos uma consumação durante o show. Foi a cerveja mais cara que já tomei em Madrid: 7 euros por um tercio
Super valeu a pena!!! 


O bar ficou bem cheio e o pessoal adorou a energia brazuca do blues dos meninos.
Paco e Esther voltaram cantarolando a casa e eu me senti em casa ... Fechei os olhos e me imaginei em São Carlos!
Aqui um pedacinho da boa musica para alegrar o dia! 


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Uns são de mesa, outros de balcão



Paco e eu adoramos um bar, acho que isso não é novidade para ninguém! 

À noite quase não frequentamos restaurante. Escolher um restaurante para jantar em uma sexta-feira à noite não é conosco. Vamos quando convidados. Vamos com prazer!


Nós somos de bar e de balcão – “barra” em espanhol. Na maior parte das vezes ficamos em pé ou nos acomodamos nas cadeiras altas. 

Gostamos de tomar cerveja: “caña o “tercio”. Caña seria como um chopp, é cerveja de pressão, normalmente 200 ml. O tercio vem em garrafas de 330 ml, ou 33cl como os espanhóis preferem. Também tem uma garrafa menor que seria um quinto de litro que agora é conhecida como “botellin”. Está na moda servir os 5 ou 6 “botellines” em cubos de gelo. Eu acho bacana porque fica geladinho, é um desperdício de vidro mas não de líquido. Os mais espetaculares são os “mini” que são os copos de plásticos de quase um litro, estes são de balada. cuidado 

Em ocasiões especiais, pedimos “vermut de grifo”. Eu não sei explicar, ao certo, o que é; parece com martine mas não é; é vinho e tem ervas aromáticas. No verão com uma rodela de limão e um cubo de gelo é uma delicia!




Os bares são democráticos, não importa se você é homem ou mulher, se você vem sozinho ou acompanhado, a idade que tenha, sempre cabe mais um nos balcões de Madrid.